quarta-feira, 30 de julho de 2025
Abril de 2025
PROFUNDEZAS
Comparação... a injusta arte de comparar a ação
quinta-feira, 10 de julho de 2025
quarta-feira, 1 de janeiro de 2025
2025
domingo, 13 de outubro de 2024
1 década entre uma e outra
segunda-feira, 1 de julho de 2024
Meu abraço e consideração aos "fora da caixa"
📚
"Vamos resumir: um coelho branco é tirado de dentro de uma cartola. E porque se trata de um coelho muito grande, este truque leva bilhões de anos para acontecer. Todas as crianças nascem bem na ponta dos finos pêlos do coelho. Por isso elas conseguem se encantar com a impossibilidade do número de mágica a que assistem. Mas conforme vão envelhecendo, elas vão se arrastando cada vez mais para o interior da pelagem do coelho. E ficam por lá. Lá embaixo é tão confortável que elas não ousam mais subir até a ponta dos finos pêlos, lá em cima. Só os filósofos têm ousadia para se lançar nesta jornada rumo aos limites da linguagem e da existência. Alguns deles não chegam a concluí-la, mas outros se agarram com força aos pêlos do coelho e berram para as pessoas que estão lá embaixo, no conforto da pelagem, enchendo a barriga de comida e bebida:
— Senhoras e senhores — gritam eles —, estamos flutuando no espaço!
Mas nenhuma das pessoas lá de baixo se interessa pela gritaria dos filósofos.
— Deus do céu! Que caras mais barulhentos! — elas dizem.
E continuam a conversar: será que você poderia me passar a manteiga? Qual a cotação das ações hoje? Qual o preço do tomate? Você ouviu dizer que a Lady Di está grávida de novo?"
(Jostein Gaarder - O mundo de Sofia)
domingo, 30 de junho de 2024
Tornar-se o que se é
segunda-feira, 18 de setembro de 2023
Nos disseram: SEJA QUEM VOCÊ É"... mas quando somos, nos dizem: "vc tá sendo do jeito errado, seja assim, oh"
Talvez a tarefa mais árdua de nossa existência seja a de ser quem se é.
Esse "seja você mesmo" é muito incentivado. É até uma prerrogativa para quem possa a dizer-se "realizado".Mas junto com esse "seja quem você é" raramente vem a orientação de como conseguir isso.
Num mundo onde nos ensinam desde a mais tenra infância a ser como querem que sejamos, ser autêntico é nadar contra a correnteza dos padrões, das modas e modelos, do "seja igual para ser aceito"
É uma brincadeira um tanto cruel.
Nos dizem: "Seja você mesmo, mas faça assim... E assado..."
Colocam como obrigatoriedade ser genuíno e autêntico mas boa parte dos constuctos culturais sabotam a iniciativa mais sincera.
Mas, para além desse colóquio de filosofia de boteco, está algo fundamental para tentar chegar ao tal "seja você mesmo":
Para ser algo, precisa-se saber o que esse algo é.
Tenhamos como exemplo qualquer profissão.
Para ser engenheiro, médico, professor ou músico, é preciso saber o que isso significa, quais as habilidades, quais limites e extensão da ação que definem a área de atuação.
E é preciso estudar, dedicar tempo para refinar habilidades e compreender o que faz de alguém um professor, um músico, ou um engenheiro.
Para ser o que se é, necessário é saber quem se é, encontrar a si mesmo.
Para isso, o tão badalado "autoconhecimento" é fundamental.
Assim como acionar toda a família AUTO...
... investigação.
... estudo
... percepção
... encontro
Assim se alcança
AUTO... compreensão
AUTO... desenvolvimento
AUTO... eficácia
Só posso ser que sou, se sei quem sou.
Você só pode ser quem é se souber que é.
Simples assim.
Tem alguns caminhos para conseguirmos isso:
Yoga, Meditação, Terapia, autoanálise...
Para tornar-se o que é preciso abandonar que se pensa que é.
Sempre que essas ideias me tocam tem duas frases que ressoam aqui.
Uma lá do oráculo de Delfos: "conheça-te a ti mesmo" e a outra do "pouca vogal" Nietzsche: "Torna-te quem tu és".
De certo modo elas nos dão uma síntese duma filosofia pessoal: quando conheço quem sou posso me tornar o que sou.
Eis minha busca: descobrir quem sou e depois ser de propósito o que encontrar.
Agora, sem me dizer seu nome, idade e profissão, me conta quem você é...
Já descobriu?
Contemplação sonora e visual (1 minuto)- Nando Araújo
domingo, 17 de setembro de 2023
Contemple sua própria morte - Por Shunmyo Masuno
A felicidade está ao seu alcance.
A palavra japonesa shoji representa o conceito budista de samsara, o ciclo de morte e reencarnação.
Nós nascemos neste mundo, e então morremos. São apenas dois lados da mesma experiência. Em outras palavras, da mesma forma refletimos sobre como viver, devemos que contemplar nossa morte.
Se você soubesse que sua vida iria acabar daqui a seis meses, provavelmente pensaria muito bem no que fazer durante esse tempo. Mas e se fosse apenas um mês? Uma semana? E se sua vida fosse terminar amanhã? Com certeza, você saberia de imediato o que fazer. Sentiria que não poderia desperdiçar o dia de hoje.
A vida passa num piscar de olhos. É assim mesmo.
Você já passou o dia todo vendo televisão e, quando se deu conta, já tinha anoitecido? “Ah", você pode pensar, "não era minha intenção perder tanto tempo com isso." Quando fazer alguma coisa, ou estabelece um objetivo em você quer sua mente, o tempo que não é gasto buscando aquela meta parece perdido.
Devemos nos esforçar ao máximo para não desperdiçar esse “piscar de olhos" que nos foi concedido.
Criar a própria personalidade
"Nem todos estão predestinados a terem a oportunidade de criar a sua própria personalidade, a maioria permanece numa cópia de um tipo de personalidade, sem nunca chegarem à experiência de se tornarem um indivíduo com identidade própria. Mas aqueles que o conseguem, inevitavelmente descobrem que a luta pela personalidade envolve o conflito com as vidas normais das pessoas comuns e os valores tradicionais e convenções burguesas que defendem. A personalidade é o produto do confronto entre duas forças opostas, o impulso de criar uma vida própria, e a insistência do mundo que nos rodeia em que nos conformemos a ele. Ninguém consegue desenvolver uma personalidade a menos que esteja mentalizado para passar por experiências revolucionárias. A extensão dessas experiências difere, claro, de pessoa para pessoa, assim como a capacidade de conduzirem uma vida que é verdadeiramente pessoal e única."
Hermann Hesse
quarta-feira, 22 de junho de 2022
Que tal da próxima vez que ver seu reflexo: sorrir e fazer caras e bocas?
Só quem chorou rios nessa vida sabe o poder que há em aprender a sorrir.
Bora, lá?
Que tal da próxima vez que ver seu reflexo: sorrir e fazer caras e bocas?
Rsrsrs
sim, isso mesmo... para de buscar defeito na tua carinha, só abre um sorriso, simples assim...
Tenho feito isso sempre que me vejo, pois fiz as pazes comigo. Algo que ninguém no mundo poderia fazer por mim.
💕
"Reflexões marcianas"
Variações sobre o mesmo tema.
Divagações sobre os mesmos pontos.
Derivações sobre as mesmas crenças.
Já percebeu como somos redundantes?
Como tendemos a repetir alguns padrões, visitar algumas emoções, reagir às diferentes provocações da vida do mesmo modo?
E fazemos isso por semanas, meses, anos a fio. Talvez por t.o.d.a vida.
🔄 Ciclo vi.ci.o.so 🔄
... usamos as mesmas palavras
... falamos das mesmas coisas
... ruminamos os mesmos pensamentos
... revisitamos os mesmos ranços
Até o repertório de movimentos é o mesmo...
Caminhamos do mesmo jeito.
Ouvimos as mesmas musicas.
E dançamos do mesmo jeito.
Afirmamos e reafirmamos nossos gostos, nossos desgostos, nossos desejos e aversões.
Mais do mesmo.
Mais do mesmo.
E se nos permitíssemos coisas outras? Outras coisas?
E se experimentássemos outros jeitos de fazer as mesmas coisas?
E se nossos corpos pudessem ter voz e escolha?
Que maravilhas não experimentariam?
Será que dançaríamos mais?
Experimentaríamos outros sabores?
Ouviríamos outras canções?
Ou nos encantaríamos com o silêncio?
E se ousássemos fazer diferente amanhã?
Como seria reabitarmo-nos de um modo novo?
Já pensou nisso?
Que coisita miúda você poderia fazer para se experimentar diferenteMENTE?
~Reflexões marcianas~
👽🖖🏽
Ceci n'est pas une pipe

Renè Magritte
Joy

Erik Drooker