Um achado.
Divertido, informativo.
Um prato cheio para os francófilos de plantão, ou ao menos aos curiosos que padecem de certo encantamento pelo universo francês.
Vale a pena viajar nas palavras da Amanda.
quarta-feira, 12 de maio de 2010
Carmina Burana
letras de músicas no letras.com.br
Carmina Burana (Tradução)
Ó Fortuna
És como a lua
Mutável
Sempre cresces
Ou diminuis
A detestável vida
Ora oprime
E ora Cura
Para brincar com a mente
Miséria
Poder
Ela os funde como gelo
Sorte monstruosa
E vazia
Tu, roda volúvel
És má
Vã e a felicidade
Sempre dissolúvel
Nebulosa
E velada
Também a mim contagias
Agora por brincadeira
O dorso nu
Entrego à tua perversidade
A sorte na saúde
E virtude
Agora me é contrária
Dá
E tira
Mantendo sempre escravizado
Nessa hora
Sem demora
Tange a corda vibrante
Porque a sorte
Abate o forte
Chorai todos comigo!
O Horror já não causa mais horror
Os últimos 70 anos trouxeram ao morticínio a planificação burocrática e a execução em escala industrial | |||
por Luiz Marque | |||
Ninguém desconhece essas cifras. Relembro-as apenas para observar como elas parecem módicas ao lado do que testemunhamos nos últimos 50 anos. Entre 1965 e 1973, os Estados Unidos despejaram no pequeno Vietnã 8 milhões de toneladas de bombas, três vezes mais que todos os bombardeios da Segunda Guerra Mundial e o equivalente a 300 toneladas por vietnamita, além de 72 milhões de litros de substâncias químicas letais, que ainda hoje afetam 650 mil pessoas, segundo um relatório de 2003. Além disso, o conhecimento mais circunstanciado dos campos nazistas e soviéticos, Suharto na Indonésia, Pol Pot no Camboja, os genocídios dos curdos e da ex-Iugoslávia, Ruanda, a Chechênia, o Sudão, o Chile, a Argentina, Israel e, de novo, os americanos no Laos (2 milhões de toneladas de bombas), Guatemala, Nicarágua, Afeganistão, Iraque e alhures (além da cumplicidade da CIA em alguns dos massacres acima referidos) tornaram o horror corriqueiro, e banal a idéia da ferocidade humana. Obviamente o binômio guerra / atrocidade sempre existiu. Mas a “contribuição” dos últimos 70 anos (1937-2007) é específica, já que trouxe ao morticínio a planificação burocrática e a execução em escala industrial. Pode-se dizer, ademais, que nos últimos 20 anos emergem duas outras novidades: 1. a indiferença: os Horrores da guerra, de Goya, Guernica, de Picasso e Apocalypse now, de Coppola parecem definitivamente coisa do passado. Talvez por efeito de saturação e de superexposição à imagem (ao reality show), o Horror, em suma, não causa mais horror; 2. a percepção de que a atrocidade está ao alcance de todos. Não é mais prerrogativa de mentes monstruosas. As experiências de Philip Zimbardo (Stanford, 1971) e de Stanley Milgram (Yale, 1974) mostraram que pessoas “normais” tornam-se facilmente implacáveis torturadores. Dr. Jekyll não precisa mais de sua poção para se transformar em Mr. Hyde. Dormita em cada um de nós alguém que admitíamos existir somente no outro. | |||
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