segunda-feira, 18 de setembro de 2023

Nos disseram: SEJA QUEM VOCÊ É"... mas quando somos, nos dizem: "vc tá sendo do jeito errado, seja assim, oh"


 Talvez a tarefa mais árdua de nossa existência seja a de ser quem se é.

Esse "seja você mesmo" é muito incentivado. É até uma prerrogativa para quem possa a dizer-se "realizado".

Mas junto com esse "seja quem você é" raramente vem a orientação de como conseguir isso.

Num mundo onde nos ensinam desde a mais tenra infância a ser como querem que sejamos, ser autêntico é nadar contra a correnteza dos padrões, das modas e modelos, do "seja igual para ser aceito"

É uma brincadeira um tanto cruel.
Nos dizem: "Seja você mesmo, mas faça assim... E assado..."

Colocam como obrigatoriedade ser genuíno e autêntico mas boa parte dos constuctos culturais sabotam a iniciativa mais sincera.

Mas, para além desse colóquio de filosofia de boteco, está algo fundamental para tentar chegar ao tal "seja você mesmo":

Para ser algo, precisa-se saber o que esse algo é.

Tenhamos como exemplo qualquer profissão.
Para ser engenheiro, médico, professor ou músico, é preciso saber o que isso significa, quais as habilidades, quais limites e extensão da ação que definem a área de atuação.

E é preciso estudar, dedicar tempo para refinar habilidades e compreender o que faz de alguém um professor, um músico, ou um engenheiro.

Para ser o que se é, necessário é saber quem se é, encontrar a si mesmo.
Para isso, o tão badalado "autoconhecimento" é fundamental.

Assim como acionar toda a família AUTO...
... investigação.
... estudo
... percepção
... encontro

Assim se alcança
AUTO... compreensão
AUTO... desenvolvimento
AUTO... eficácia

Só posso ser que sou, se sei quem sou.
Você só pode ser quem é se souber que é.
Simples assim.

Tem alguns caminhos para conseguirmos isso:
Yoga, Meditação, Terapia, autoanálise...

Para tornar-se o que é preciso abandonar que se pensa que é.

Sempre que essas ideias me tocam tem duas frases que ressoam aqui.
Uma lá do oráculo de Delfos: "conheça-te a ti mesmo" e a outra do "pouca vogal" Nietzsche: "Torna-te quem tu és".

De certo modo elas nos dão uma síntese duma filosofia pessoal: quando conheço quem sou posso me tornar o que sou.

Eis minha busca: descobrir quem sou e depois ser de propósito o que encontrar.

Agora, sem me dizer seu nome, idade e profissão, me conta quem você é...

Já descobriu?



Contemplação sonora e visual (1 minuto)- Nando Araújo

Como meditar?! -- Vídeos animados para te empolgar nessa jornada!







 





domingo, 17 de setembro de 2023

Contemple sua própria morte - Por Shunmyo Masuno


Contemple sua própria morte
Quando não souber o que fazer da vida.
 
A felicidade está ao seu alcance.
 
A palavra japonesa shoji representa o conceito budista de samsara, o ciclo de morte e reencarnação.
 
Nós nascemos neste mundo, e então morremos. São apenas dois lados da mesma experiência. Em outras palavras, da mesma forma refletimos sobre como viver, devemos que contemplar nossa morte.
 
Se você soubesse que sua vida iria acabar daqui a seis meses, provavelmente pensaria muito bem no que fazer durante esse tempo. Mas e se fosse apenas um mês? Uma semana? E se sua vida fosse terminar amanhã? Com certeza, você saberia de imediato o que fazer. Sentiria que não poderia desperdiçar o dia de hoje.
 
A vida passa num piscar de olhos. É assim mesmo.
Você já passou o dia todo vendo televisão e, quando se deu conta, já tinha anoitecido? “Ah", você pode pensar, "não era minha intenção perder tanto tempo com isso." Quando fazer alguma coisa, ou estabelece um objetivo em você quer sua mente, o tempo que não é gasto buscando aquela meta parece perdido.
 
Devemos nos esforçar ao máximo para não desperdiçar esse “piscar de olhos" que nos foi concedido.

Criar a própria personalidade

 


"Nem todos estão predestinados a terem a oportunidade de criar a sua própria personalidade, a maioria permanece numa cópia de um tipo de personalidade, sem nunca chegarem à experiência de se tornarem um indivíduo com identidade própria. Mas aqueles que o conseguem, inevitavelmente descobrem que a luta pela personalidade envolve o conflito com as vidas normais das pessoas comuns e os valores tradicionais e convenções burguesas que defendem. A personalidade é o produto do confronto entre duas forças opostas, o impulso de criar uma vida própria, e a insistência do mundo que nos rodeia em que nos conformemos a ele. Ninguém consegue desenvolver uma personalidade a menos que esteja mentalizado para passar por experiências revolucionárias. A extensão dessas experiências difere, claro, de pessoa para pessoa, assim como a capacidade de conduzirem uma vida que é verdadeiramente pessoal e única."

Hermann Hesse

quarta-feira, 22 de junho de 2022

Que tal da próxima vez que ver seu reflexo: sorrir e fazer caras e bocas?

 


Só quem chorou rios nessa vida sabe o poder que há em aprender a sorrir.


Bora, lá?

Que tal da próxima vez que ver seu reflexo: sorrir e fazer caras e bocas?


Rsrsrs 

sim,  isso mesmo... para de buscar defeito na tua carinha, só abre um sorriso, simples assim...


Tenho feito isso sempre que me vejo, pois fiz as pazes comigo.  Algo que ninguém no mundo poderia fazer por mim.


💕

"Reflexões marcianas"

 Variações sobre o mesmo tema.


Divagações sobre os mesmos pontos.


Derivações sobre as mesmas crenças.


Já percebeu como somos redundantes?

Como tendemos a repetir alguns padrões, visitar algumas emoções, reagir às diferentes provocações da vida do mesmo modo?


E fazemos isso por semanas, meses, anos a fio. Talvez por t.o.d.a vida.


🔄 Ciclo vi.ci.o.so 🔄


... usamos as mesmas palavras

... falamos das mesmas coisas

... ruminamos os mesmos pensamentos

... revisitamos os mesmos ranços


Até o repertório de movimentos é o mesmo...

Caminhamos do mesmo jeito. 

Ouvimos as mesmas musicas. 

E dançamos do mesmo jeito.


Afirmamos e reafirmamos nossos gostos, nossos desgostos, nossos desejos e aversões.


Mais do mesmo.

Mais do mesmo.


E se nos permitíssemos coisas outras? Outras coisas?


E se experimentássemos  outros jeitos de fazer as mesmas coisas?


E se nossos corpos pudessem ter voz e escolha? 

Que maravilhas não experimentariam?


Será que dançaríamos mais? 

Experimentaríamos outros sabores?

Ouviríamos outras canções? 

Ou nos encantaríamos com o silêncio?


E se ousássemos fazer diferente amanhã?


Como seria reabitarmo-nos de um modo novo?


Já pensou nisso?

Que coisita miúda você poderia fazer para se experimentar diferenteMENTE?


~Reflexões marcianas~

👽🖖🏽

Sobre os fins, as partidas e perdas...

Na segunda perdemos um amigo, hoje uma colega do curso de Ayurveda tbm partiu, soube a pouco.


Vieram as lágrimas, sim... como não? 

"Poxa... mais um ciclo que se fechou nesse plano" é o clima interno que fica. Mais uma pessoa que partiu.


Sinto por isso. 


E aqui de dentro torço para que elas tenham vivido com a máxima plenitude de que dispunham, que tenham vivenciado bons momentos, criado boas memórias. 


_A vida no fim das contas se trata disso: Estar presente enquanto ela acontece. Fazer o que dá com o que somos e o que temos à disposição._


Parece clichê de livro de autoajuda, mas, gente, nossa vidinha só acontece no Agora... neste instante.


Vim aqui dividir isso com vocês... 


E desejar que tu esteja presente em ti, disponível para as tuas pessoas e para as experiências que se achegam.


Abençoado seja o tempo que temos.

terça-feira, 17 de maio de 2022

FLORESTA AURORA


  FLORESTA AURORA |

 É um lugar-comum atribuir o surgimento de clubes negros pelo Brasil, a partir do final do século 19, à proibição da entrada de pessoas negras em organizações frequentadas por brancos.

 Conforme a pesquisadora Giane Vargas, professora da Unipampa (Universidade Federal do Pampa), a história do Rio Grande do Sul é ainda mais cruel do que isso. 

"Não frequentar espaços ocupados por brancos era algo tão posto que não era sequer problematizado. Clubes negros como o Floresta Aurora surgiram foi das necessidades básicas dessas pessoas", diz. 

Prestes a completar 150 anos, é o clube social negro mais antigo do Brasil encontrado na pesquisa de mestrado de Vargas. A dissertação, intitulada "Clubes sociais negros: lugares de memória, resistência negra, patrimônio e potencial", mapeou mais de 200 instituições desde o século 19 no país. 

No caso da Sociedade Cultural Floresta Aurora, hoje localizada no bairro Belém Novo, em Porto Alegre, a necessidade era arrecadar dinheiro para dar um fim digno ao corpo de pessoas escravizadas, até então enterrados em valas rasas. Algumas vezes, tratavam-se de pais de homens e mulheres negros já alforriados. 

Leia em folha.com/esporte |📱Assine a Folha, um jornal a serviço da democracia: folha.com/assine #folha #fsp #folhadespaulo


📷 Floresta Aurora/Divulgação

📝 Caue Fonseca


#PraTodosVerem: Fotografia em preto e branco de 1944 mostra os jogadores do Inter Arfeu, Ávila e Tesourinha (sentados, ao centro) recebendo homenagem do Floresta Aurora. Sob a imagem há o texto: "Um dos mais antigos do país, clube negro gaúcho surgiu para enterrar corpos de escravizados"  



Via: Instagram da Folha de São Paulo

sábado, 14 de maio de 2022

NOSSO BEM-ESTAR REPOUSA EM NOSSAS AÇÕES


《Aqueles obcecados pela glória associam seu bem-estar à consideração de outros, aqueles que amam o prazer o associam a sensações, mas aquele com verdadeiro entendimento só o busca nas próprias ações. [...] Pensa no caráter das pessoas que desejamos agradar, nos bens que desejamos obter e nas táticas que empregamos para esses fins. Quão rapidamente o tempo esmaga essas coisas e quantas ainda serão apagadas.》

(MARCO AURÉLIO, MEDITAÇÕES, 6:51, 59)

Se sua felicidade depende da conquista de certos objetivos, o que acontece se o destino intervier? 

E se você for desprezado? 

E se acontecimentos externos o interromperem? 

E se você conseguir tudo, mas descobrir que ninguém ficou impressionado? 

Esse é o problema de deixar sua felicidade ser determinada por coisas que você não pode controlar. É um risco insano.

Se um ator se concentra na recepção do público a um projeto — se os críticos gostam dele ou se é um sucesso, ele ficará desapontado e ofendido com frequência. 

Mas se ele ama seu desempenho, e dedica tudo que tem para torná-lo o melhor de que é capaz, sempre encontrará satisfação em seu trabalho. Como ele, deveríamos auferir prazer de nossas ações — em tomar as medidas certas —, e não dos resultados que decorrem delas.

Nossa ambição não deveria ser vencer, portanto, mas jogar com todo o nosso esforço. 

Nossa intenção não é granjear agradecimentos ou reconhecimento, mas ajudar e fazer o que julgamos correto. 

Nosso foco não está no que nos acontece, mas no modo como reagimos. 

Nisso, encontraremos sempre contentamento e resiliência.


HOLYDAY, Ryan; HANSELMAN, Stephen. Diário Estóico. 366 liçoes sobre sabedoria, perseverança e a arte de viver. Ed. Intrínseca, 2016

domingo, 8 de maio de 2022

Por favor, parem de romantizar o maternar

Só parem...
Sim, somos os portais para a chegada de pessoas no mundo.
Sim, por isso somos lindas, divinas, corajosas. 

E por isso deveríamos ser respeitadas, amadas e honradas. 

Mas, sim, somos pessoas! E surpreendam-se: somos pessoas reais. 

Parem de nos idealizar, nos enformar. Isso não ajuda e ainda perpetua o silêncio sobre o verdadeiro maternar. 


Não somos máquinas do cuidar nem santas do autossacrifício.

Somos mulheres sobrecarregadas que precisam se virar para dar conta de todos os "tem que" sociais. 

Muitas de nós estão devendo sono e cuidados para seus próprios corpos. 

Muitas de nós são mães solo mesmo tendo os companheiros ao seu lado pois estes delegam todo o cuidar dos filhos, da casa, deles mesmos a nós. 

Pois alguém um dia determinou que o lugar da mulher é esse. "Nasceu para ser mãe" disseram (e ai daquela que se atreve a dizer que não quer cumprir esse destino...) 

Sim, ser mãe é algo absurdamente poderoso. 
E é também intenso, dolorido e cansativo. 
E mais ainda quando de fora não vem ajuda, vem só lições de moral, literalmente, de cueca.

Amore, Sai da idealização. 
Vem pro real. 

As mães reais precisam de amor, mas um amor verdadeiro que se traduza em ação, ajuda e acolhimento. 

Não adianta exaltar a força e a garra da mulher mãe, quando ela 'tem que' fazer toda essa força pois é deixada sozinha para dar conta. Sim, muitas dão conta, sim, mas às custas de sua própria essência, saúde e sonhos. 
Enquanto os homens são exaltados por trocar uma fralda do bebê, para a mulher isso é só mais uma obrigação da "boa mãe cuidadora".
Então, parem de romantizar o maternar.

Mulheres mães precisam de aliados, de rede de apoio e não de dedos apontados durante o ano todo e uma chuva de mensagens melosas no segundo domingo de maio.

Minha honra e respeito a todas as mães nos 365 dias do ano não só hoje... 

Sou Mar Roos 
E falei💕

(Sim, tenho uns ranços dessas datas comemorativas e dessas idealizações sacanas que fingem homenagear para poder cabrestear, enformar e vender)

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Autoaconselhamentos pandêmônicos!



 

Autoaconselhamentos pandêmônicos!

São coisas que faço e gosto de me lembrar de fazer quando entro no modo PENSAÇÃO. 
Talvez sirva pra ti também.

Tem tanta agitação na mente que o corpo enrijece ou desperta a "síndrome" das pernas inquietas. 
É tanto barulho interno, pouco foco, uso constante de redes sociais ou verificações frequentes das notificações nos celulares, a mente vivia nessa frenética atitude.
 
E esse excesso pode levar à ansiedade, angústia... mal estar existencial e todos os brindes vindos com a ausência no "aqui e agora"

Então, para me salvar de mim, rsrsrs: 

Fiz uma lista de coisinhas que me ajudam a estar mais presente. 


Aí vai ela:

  • Arrume sua cama a cada manhã (se mais nada der certo pelo menos ao voltar pro quarto, a cama estará em ordem)

  • Lave a louça assim que terminar de usar (além de não acumular, dá a sensação de tarefa iniciada e concluída)
  • Faça o que tiver que fazer e esteja lá enquanto faz
  • Simplifique as tarefas (MENOS É MAIS)
  • Evite cair no rio da mente com projeções, viagens e divagações mentais conduzidas pelo piloto automático (Quando cair, e vc vai cair, simplesmente volte para o momento presente quando se aperceber do caldo que levou.).
  • Respire com consciência e faça disso um hábito (a respiração é uma ótima âncora para te trazer e te manter no agora)
  • Mantenha o bom-humor (vai haver recaídas aos velhos padrões ansiosos, vai parecer que não tá dando certo, vai ficar divagando no automático, e ESTÁ TUDO BEM!)    
  • Esteja presente.
  • Siga o fluxo.  

Aprender a lidar com a própria acrescenta vida ao meus dias.


sábado, 14 de março de 2020

Girassol

Há momentos de inspiração. De celebração.
Outros de execução de planos e metas. 
Em outros momentos há a simples execução das demandas do cotidiano. 

Ah... o cotidiano...

Família. Ser Uber das filhas. Ser dona de casa, enfermeira, cozinheira, mãe, amiga, orientadora e dissipadora de conflitos (e às vezes ser criadora deles). Saber impor limites, oferecer amor, tentando oferecê-los na dose certa e nos momentos certos. E daí, tá dando certo? Como saber? Lidar com a autocrítica.

Relacionamento. Ser mulher, amante, intensa...ufa! Sentir que o tempo está passando, o corpo está mudando e continuar sorrindo (tentar ao menos). Ir acolhendo o momento presente como ele se apresenta (com direito a surtadas ocasionais). E lidar com a autocrítica.

Trabalho. Ser professora. Empreendedora. Dar aulas de História, viajar, dar aula, viajar, voltar pra casa, pensar aulas, dar aulas, preparar materiais para aulas, viajar, dar aulas... ad infinitum... Dar aulas de Yoga, gerenciar o espaço. Estudar, aprender mais e mais. Fazer melhor, mais e mais. Ter dúvidas e inquietações. É isso mesmo que quero? Era esse o plano? Como vai ser? Continuar lidando com a autocrítica. 

Autocobranças:
Ei, e as Leituras?... E essa fila de livros que só aumenta. 
E a alimentação? Onde estão os legumes? Frutas e verduras?
Tá, mas e as atividades físicas? E o peso? E esses fios de cabelos brancos?
E aquelas metas criadas no Réveillon dos últimos 10 anos?

A autocrítica pega pesado... e tem horas que quase paralisa.

Mas então algo me acorda. É como uma brisa leve, um lampejo... 
A sabedoria interna? Intuição? Consciência? Eu superior? Anjo da guarda? 
Não sei bem. Mas vem uma inspiração luminosa e posso respirar mais leve outra vez. 

"Feito é melhor que perfeito."
"Aprecie o momento."
"A vida é breve. Celebre." 
"Desfrute-se."
"... tá tudo certo. O único jeito que poderia estar..."
"Aquieta o coração. Sente o vento. Olha a lua. Escuta aquela música. Dança até chorar. Que vai curar."

É como um tapinha no meu próprio ombro: "ei, até que você está indo bem."

E retomo o fôlego. E me permito ser mais bondosa comigo mesma. 
Aceito minha vulnerabilidade, acolho as sombras.
Recobro as forças e continuo. 
E me viro
E giro para onde gira o sol...

Por que, afinal "quase sempre é em desistência que o fracasso se resume", né?











sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Yoga Dance


Yoga e Dança... práticas irmãs de nos movermos no mundo. 

Ambas atividades buscam nossa integração em todos os níveis: físico, energético, mental, emocional. Unir essas duas práticas é amplificar os benefícios que cada uma oferece isoladamente.

O Yoga Dance oferece essa integração. 

Duas práticas milenares.
Duas práticas que espelham no exterior o mundo interno.
Duas práticas que expressam a alma.
E quando vivenciadas verdadeiramente são libertadoras.

Essas duas práticas nos levam ao mesmo lugar: dentro de nós mesmos, como diz Fernanda Cunha*.

Nesse método, a dança é uma expressão consciente. O Yoga Dance alia a consciência e os princípios do Yoga com a vibração do som e a liberdade da dança. A dança vista como um instrumento de conexão, libertação, cura e expressão da alma. 

Em uma prática de Yoga Dance utiliza-se uma dinâmica simples de movimentos de dança e movimentos inspirados nas posturas de Yoga (ásanas).

No Yoga Dance todo movimento se torna sagrado, seja inspirado em uma sequência de ásanas ou uma expressão da liberdade da própria dança interna. À medida que praticamos, essa dança interna ganha expressão e percebemos que devemos dançar para nós mesmos e não para os outros.

Dançar a própria realidade, dançar nossas emoções, nossa luz, nossa sombra, tudo o que nos compõe como seres.

O Yoga Dance combina movimento e respiração conscientes e uma dança livre e criativa, onde cada um é seu próprio coreógrafo, onde se baila sem certo ou errado, sem feio ou bonito. Nessa abordagem, o aluno se abre a uma nova forma de ver a si mesmo, de amar e aceitar seu corpo e seus movimentos. É uma oportunidade de deixar a alma bailar e fluir em conexão com o corpo e mente, uma oportunidade de estar em casa em seu próprio corpo.

A aula de Yoga Dance é uma viagem de autoexpressão, autolibertação, autoexploração e autocriação, onde criamos nossos próprios movimentos e nos movemos de forma livre e natural. Tudo isso embalados nos ritmos de todo o mundo, desde ritmos indianos, árabes, brasileiros, africanos, latinos, trance...

É importante destacar que não é preciso ser dançarino ou yogi para vivenciar o Yoga Dance, basta querer dançar na alegria de ser. 

Créditos da fotografia: Fabio Mori. Formação em Yoga Dance com Fernanda Cunha no Centro de Yoga Montanha Encantada, dez. 2014

*O método de Yoga Dance foi desenvolvido por Fernanda Cunha que buscou inspiração entre os mais considerados mestres do Yoga, buscou aqueles que fizeram essa bela integração entre Yoga e a Dança. Para mais informações sobre o método e sobre esta profissional incrível acesse clique aqui.

Referências:
CUNHA, Fernanda. Yoga Dance, Manual do Professor. SP, 2013.
Curso de Formação em Yoga Dance. Dez. 2014.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Tempo... tempo... tempo...

Outro dia, em uma discussão absurdamente irrelevante, com devaneios e posicionamentos que levam a um descompasso infundado sobre o que se pensa sobre o existir, cheguei a uma conclusão: nada além desse exato momento existe...

só há o agora
só há o aqui


...E isso me leva a uma indagação: o TEMPO EXISTE?
Se não existe, o que é isso que acontece ao relógio, às pessoas? 

Mas sabemos que o passado é inacessível (ao menos por enquanto) tanto quanto o futuro... Só há o aqui e agora, o presente logo sucedido pelo presente, presente, presente...



O tempo não passaria, então, de um conceito, uma construção teórica sobre algo inexistente??? 
Um conceito acerca do devir e do que já se foi????

Usamos uma medida de tempo herdada dos sumérios. Os caras por motivos religiosos dividiram o tempo de acordo com suas crenças. 
Os sumérios acreditavam na existência de alguns números mágicos e, portanto, sagrados. Destes, destacava-se o número 60 que era usado para designar o deus pai de todos os outros deuses, o deus: AN (ANU), o outro número sagrado para os sumérios, era o número 12 e representava a família de Anu, o panteão principal da religião suméria, formado por Anu, pela sua esposa, pelos seus filhos, esposas dos seus filhos e netos, e que estavam acima e comandavam os demais deuses do panteão geral sumério.
Para homenagear estes deuses principais, os sumérios então, dividiram o dia e a noite em doze ciclos cada, cada ciclo representava um dos doze deuses principais, sendo que cada ciclo era dividido em sessenta subciclos e cada subciclo, era subdividido em sessenta miniciclos, indicando assim, que cada membro do panteão de doze era fruto e possuía em si mesmo, a semente de ANU.
Uma vez que esta divisão de tempo era muito satisfatória e resolvia a questão da divisão do tempo de forma criativa, ela passou a ser usada também pelos povos que faziam fronteira com os sumérios, e com o passar dos anos, se disseminou por todo o mundo antigo, mas, sem o caráter religioso em que estava embasado, e chegou até nós, sem modificações, aos dias de hoje. (Paral ver o texto original, no site da Sociedade Racionalista, clique aqui).
Enfim, existindo ou não... essa coisa temporal, essa ideia ou ilusão não é percebida do mesmo modo por todos. Seja como for...algo acontece e nós nascemos, vivemos e findamos e de certo modo percebemos que vamos mudando... Essa mudança é tempo?


"O tempo não existe. O que chamamos de tempo é o movimento de evolução das coisas, mas o tempo em si não existe. Ou existe imutável e nele nos transladamos." (Clarisse Lispector)



 
 

Ceci n'est pas une pipe

Ceci n'est pas une pipe
Renè Magritte

Joy

Joy
Erik Drooker