sábado, 14 de maio de 2022

NOSSO BEM-ESTAR REPOUSA EM NOSSAS AÇÕES


《Aqueles obcecados pela glória associam seu bem-estar à consideração de outros, aqueles que amam o prazer o associam a sensações, mas aquele com verdadeiro entendimento só o busca nas próprias ações. [...] Pensa no caráter das pessoas que desejamos agradar, nos bens que desejamos obter e nas táticas que empregamos para esses fins. Quão rapidamente o tempo esmaga essas coisas e quantas ainda serão apagadas.》

(MARCO AURÉLIO, MEDITAÇÕES, 6:51, 59)

Se sua felicidade depende da conquista de certos objetivos, o que acontece se o destino intervier? 

E se você for desprezado? 

E se acontecimentos externos o interromperem? 

E se você conseguir tudo, mas descobrir que ninguém ficou impressionado? 

Esse é o problema de deixar sua felicidade ser determinada por coisas que você não pode controlar. É um risco insano.

Se um ator se concentra na recepção do público a um projeto — se os críticos gostam dele ou se é um sucesso, ele ficará desapontado e ofendido com frequência. 

Mas se ele ama seu desempenho, e dedica tudo que tem para torná-lo o melhor de que é capaz, sempre encontrará satisfação em seu trabalho. Como ele, deveríamos auferir prazer de nossas ações — em tomar as medidas certas —, e não dos resultados que decorrem delas.

Nossa ambição não deveria ser vencer, portanto, mas jogar com todo o nosso esforço. 

Nossa intenção não é granjear agradecimentos ou reconhecimento, mas ajudar e fazer o que julgamos correto. 

Nosso foco não está no que nos acontece, mas no modo como reagimos. 

Nisso, encontraremos sempre contentamento e resiliência.


HOLYDAY, Ryan; HANSELMAN, Stephen. Diário Estóico. 366 liçoes sobre sabedoria, perseverança e a arte de viver. Ed. Intrínseca, 2016

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