quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

O Natal passou....Final de Ano vem aí..



Admito que o tal papai noel e o menininho não despertam, nesse coração que vos fala, qualquer sentimento de renovação e esperança... ao contrário, melancolic moments...

No entanto, tem uma coisa legal nessa confusão toda de natividad e saint claus da vida... o meu povo se junta, e isso realmente faz tão bem...

Momento de por conversas em dia... de parar e olhar quem nos rodeia... apesar dessa função de observadora do mundo estar sempre neste corpo... natal, ano novo, dias das mães, dos pais , dia disso e daquilo...

Aliás, o que vou postar hoje é exatamente sobre o meu observar... o natal em família rendeu algumas fotos... bem não fotos de pinheiros embolotados e de pessoas comendo peru frio, mas de pequenas representantes da Bios


Eis o que meus olhos viram












sábado, 27 de outubro de 2007

Mulheres no poder... e os homens?

Fonte: Zero Hora de 27de outubro de 2007, pág. 3

YIN YANG

Acho interessante abrir um parênteses para uma teoria que pode explicar a loucuras das coisas hoje. Em vários sentidos: nas questões de gênero, do meio-ambiente, de política...


Dou a palavra a Fritof Capra:


“A realidade é vista pelos filósofos chineses como um contínuo fluxo e mudança. A natureza em todos os seus aspectos – tanto os do mundo físico quanto os dos domínios psicológicos e social – exibe padrões cíclicos. Os chineses atribuem a essa idéia de padrões uma estrutura definida, medianda a introdução dos opostos yin e yang, dois pólos que fixam limites para os ciclos de mudança.
Yin corresponde a tudo que é contrátil, receptivo e conservador, ao passo que yang implica tudo o que é expansivo, agressivo e exigente. Na cultura chinesa, o yin e yang nunca foram associados com valores morais. O que é bom não é yin ou yang, mas o equilíbrio dinâmico entre ambos, o que é mau ou nocivo é o desequilíbrio entre os dois.


YIN
Terra
Lua
Noite
Inverno
Umidade
Frescor
Interior
Feminino
Contrátil
Conservador
Receptivo
Cooperativo
Intuitivo
Sintético



YANG
Céu
Sol
Dia
Verão
Secura
Calidez
Superfície
Masculino
Expansivo
Exigente
Agressivo
Competitivo
Racional
Analítico



O yin pode ser interpretado como correspondente à atividade receptiva, conciliadora, cooperativa
Yang à atividade agressiva, expansiva e competitiva.


Yin: eco-ação
Yang: ego-ação




Estas associações nos fazem ver que nossa sociedade tem favorecido sistematicamente o yang em detrimento do yin – o conhecimento racional prevalece sobre a sabedoria intuitiva, a competição sobre a cooperação...



Essa ênfase, sustentada pelo sistema patriarcal e encorajada pelo predomínio de uma cultura em que só a matéria é a realidade última durante os três últimos séculos, acarretou um profundo desequilíbrio cultural que está na própria raiz da nossa atual crise – um desequilíbrio em nossos pensamentos e sentimentos em nossos valores e atitudes e em nossas estruturas sociais e políticas.



A preferência flagrantemente sistemática por valores, atitudes e padrões comportamentais yang resultou num sistema de instituições acadêmicas, políticas e econômicas que se apóiam mutuamente, e que acabaram virtualmente cegas para o perigoso desequilíbrio do sistema de valores que motiva suas atividades.”


(CAPRA, Fritjof. O Ponto de Mutação. SP: Ed. Cultrix, 1982. Pág. 33-36)




Fecho parênteses...


Márcia Roos

Jovens, Solteiros e do Sexo Masculino

O editorial da Zero Hora, no dia 25 de outubro, com título “Um Foco no Jovem”, mostra alguns dados estatísticos sobre esse jovem. De acordo com o jornal, que se firma na pesquisa do economista Marcelo Néri, o perfil dos “envolvidos têm um retrato definido, preciso e palpável” quando o assunto é acidentes com automóveis, consumo de drogas ou população carcerária. Eis o perfil: jovens, solteiros e do sexo masculino.
No que se refere à população carcerária as estatísticas revelam que 96% dos presidiários são homens, 52% tem entre 20 e 29 anos, 79% são solteiros e 17% são analfabetos. Quando o tema versa sobre usuários de droga é demonstrado que 89% são homens, 50% têm entre 20 e 29 anos e 62% são da classe A.

Ou seja, jovens, solteiros e do sexo masculino são os maiores envolvidos em acidentes no trânsito, os maiores usuários de drogas e representam o maior número de detentos....

Uma questão emerge: e onde andam as jovens com as mesmas condições apresentadas nos dados? Para onde elas vão e por que não optam pelo crime ou pelas drogas?

Uma minhoquinha, que baila em uma cabeça que enxerga a vida pela óptica do gênero:
Será que esse comportamento agressivo dos jovens é fruto do universo patriarcal em derrocada?
Será uma anacronia, um tom fora do compasso que ainda vibra relembrando os idos tempos em que violências conquistavam impérios – era O Método; tempos em que ser bravo, heróico, corajoso e impulsivo garantia o mamute do jantar?

Eis o sempre mesmo catálogo de características masculinas, mas, vivemos em outros tempos (ou não?).
Fico pensando se não estaria na hora de despertar nos nossos meninos outras potências, outras características? Não estaria no momento de formar outros jovens? Mais humanos e menos machos?

As mulheres (boa parte delas ou vive assim ou concorda com as que assim vivem) romperam com a noção de mulher “vaso frágil”, “fonte de doçura e amor”; só emoção? Só lágrimas e comoção? Unicamente sensíveis e emotivas?

Sensibilidade, sim.
Emoção, sempre.
Mas jamais unicamente isso.
Razão, lógica e praticidade entraram no menu feminino (tá certo... tem as que não usam, é fato! Mas também é fato que há outras tantas que usam).
E o catálogo de características masculinas foi alterado? Teve algum item diferente incluído após a última glaciação?

Bem, talvez por algumas poucas exceções masculinas que perceberam, entre outras coisas, que as mulheres tem mais a oferecer do que seus lindos corpos pra lhes dar (carinho) e seus belos seios para alimentar seus filhos....

As mulheres aprenderam bastante com o mundo patriarcal que está definhando a cada dia.
Aprenderam que para mostrar que podem algo, tem que batalhar muito mais que um homem, que precisam ser menos manteigas ao sol em certas circunstâncias.
Aprenderam que não são um corpo, uma fábrica de bebês herdeiros de sobrenomes e paradigmas masculinos.
Descobriram que possuem um corpo, que o dominam e que podem usa-lo como bem entenderem.
Descobriram que a dependência financeira é uma forma efetiva de controle e que saindo de casa, tiveram domínio de suas vidas e suas necessidades de sobrevivência.
As mulheres mudaram ... acrescentaram itens novos ao seu catálogo de possibilidades de SER/ESTAR/VIVER.

Mas, e eles?
Ainda são os mesmos... como os seus pais, avós...
Ainda querem o mesmo e ainda pensam o mesmo....
Apenas trocaram algumas coisas ...
Trocaram as grandes embarações por carros de corrida.
Trocaram as arenas com gladiadores por arenas de luta livre (arenas de torcidas de futebol, opa! não são arenas, são arquibancadas....).
Trocaram os demoníacos pagãos perseguidos pela Inquisição pelos terroristas muçulmanos perseguidos pelo “American Way of Live”.
Trocaram suas lindas mulheres produtoras de filhos, submissas e subservientes .... pelo...
...pelo que mesmo?

Ah! Elas abandonaram o posto... E construíram-se como sujeitos sociais....

E ainda tem gente que se surpreende ao ver dados estatísticos como os apresentados na ZH, eles representam a resposta ao momento de transição em que se vive.
Indicam também o tipo de homem que está sendo formado pela nossa sociedade ou... por suas mamães malvadas que saíram de casa para trabalhar e os deixaram a sós, a mercê de seus próprios menus de características cultivadas ao longo de gerações... mas as meninas também foram deixadas...
E agora?
E elas também ficaram com seus menus, mas desatualizado que as faz reproduzirem-se como coelhas e chegarem aos 25 anos com meia dúzia de filhotes que irão reproduzir seus mesmos passos: eles praticando e sendo vítimas da violência, nas delegacias indiciados por roubo e uso de entorpecentes e elas nas maternidades ou nas esquinas...
Isso é sombrio...
Então:

Heellloooowww!!! Meninas, acordem! Há um catálogo atualizado de características necessárias a vida atual te esperando!!!!!!
Meninos.... colem do catálogo feminino, garanto que não é um dispositivo para a queda da saco escrotal...
Marcia Roos CarpeDiem

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

As grandes (e porque não dizer necessárias) diferenças entre homens e mulheres...

Deliciosamente verdadeiro.... hhehehhehehe

O Pequeno Príncipe - Diálogo com a Raposa....


Eis a transcrição do diálogo:Após um longo e sábio caminhar, o Pequeno Príncipe, dispôs-se a descansar...
“E foi então que apareceu a raposa:
– Bom dia – disse a raposa.
– Bom dia – respondeu educadamente o pequeno príncipe, que, olhando a sua volta, nada viu.
– Eu estou aqui, – disse a voz, debaixo da macieira...
– Quem és tu? – perguntou o principezinho. – Tu és bem bonita...
– Sou uma raposa – disse a raposa.
– Vem brincar comigo – propôs ele. – Estou tão triste...
– Eu não posso brincar contigo – disse a raposa. – Não me cativaram ainda.
– Ah! Desculpa – disse o principezinho. Mas, após refletir, acrescentou:
– Que quer dizer "cativar"?
– Tu não és daqui – disse a raposa.
– Que procuras?
– Procuro os homens – disse o pequeno príncipe.
– Que quer dizer cativar?
– Os homens – disse a raposa – têm fuzis e caçam.
É assustador! Criam galinhas também. É a única coisa que fazem de interessante. Tu procuras galinhas?
– Não – disse o príncipe. – Eu procuro amigos.
– Que quer dizer “cativar”?
– É algo quase sempre esquecido – disse a raposa.
Significa "criar laços"...
– Criar laços?
– Exatamente, disse a raposa. Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim.
Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas.
Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim o único no mundo. E eu serei para ti a única no mundo...
– Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens também.
Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol.
Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros me fazem entrar debaixo da terra.
Os teus me chamarão para fora da toca, como música.

E depois, olha! Vês, lá longe, o campo de trigo?

Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! – Mas tu tens cabelos dourados.

E então serás maravilhoso quando me tiverdes cativado. O trigo, que é dourado, fará com que me lembre de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...

A raposa calou-se e observou muito tempo o príncipe:
– Por favor, cativa-me! disse ela.
- Eu até gostaria – disse o principezinho – mas eu não tenho
muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a
conhecer.
– A gente só conhece bem as coisas que cativou – disse a raposa.
– Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma.
Compram tudo já pronto nas lojas.
Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos.
Se tu queres um amigo, cativa-me!

– Que é preciso fazer? – perguntou o pequeno príncipe.

– É preciso ser paciente – respondeu a raposa

– Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva.
Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada.
A linguagem é uma fonte de mal-entendidos.
Mas cada dia, te sentarás um pouco mais perto...
No dia seguinte o príncipe voltou.
– Teria sido melhor se voltasses à mesma hora – disse a raposa.
Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz! Quanto mais a hora for chegando, mais me sentirei feliz! Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade!

Assim o pequeno príncipe cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:

– Ah! Eu vou chorar.

– A culpa é tua – disse o principezinho. – Eu não queria te fazer
mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...

– Quis – disse a raposa.

– Então, não terás ganho nada!

– Terei, sim – disse a raposa – por causa da cor do trigo.

Depois ela acrescentou: – Vai rever as rosas. Assim, compreenderás que a tua é a única no mundo. Tu voltarás para me dizer adeus, e eu te presentearei com um segredo.

O pequeno príncipe foi rever as rosas:[...]. “ E ao voltar dirigiu-se à raposa:

– Adeus... – disse ele.

– Adeus – disse a raposa.

– Eis o meu segredo:

É muito simples: só se vê bem com o coração.

O essencial é invisível aos olhos.”

“Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.”

Texto: SAINT-EXUPÉRY, Antoine de. Por Favor, Cativa-me [Título atribuído]
In: —. O Pequeno Príncipe. Com aquarelas do autor. Trad. Dom
Marcos Barbosa. 48. ed. 15. impressão. Rio de Janeiro: Agir, 2004.
Cap. XXI, p. 66-74.

Ceci n'est pas une pipe

Ceci n'est pas une pipe
Renè Magritte

Joy

Joy
Erik Drooker