Acho interessante abrir um parênteses para uma teoria que pode explicar a loucuras das coisas hoje. Em vários sentidos: nas questões de gênero, do meio-ambiente, de política...
Dou a palavra a Fritof Capra:
“A realidade é vista pelos filósofos chineses como um contínuo fluxo e mudança. A natureza em todos os seus aspectos – tanto os do mundo físico quanto os dos domínios psicológicos e social – exibe padrões cíclicos. Os chineses atribuem a essa idéia de padrões uma estrutura definida, medianda a introdução dos opostos yin e yang, dois pólos que fixam limites para os ciclos de mudança.
Yin corresponde a tudo que é contrátil, receptivo e conservador, ao passo que yang implica tudo o que é expansivo, agressivo e exigente. Na cultura chinesa, o yin e yang nunca foram associados com valores morais. O que é bom não é yin ou yang, mas o equilíbrio dinâmico entre ambos, o que é mau ou nocivo é o desequilíbrio entre os dois.
YIN
Terra
Lua
Noite
Inverno
Umidade
Frescor
Interior
Feminino
Contrátil
Conservador
Receptivo
Cooperativo
Intuitivo
Sintético
Yin corresponde a tudo que é contrátil, receptivo e conservador, ao passo que yang implica tudo o que é expansivo, agressivo e exigente. Na cultura chinesa, o yin e yang nunca foram associados com valores morais. O que é bom não é yin ou yang, mas o equilíbrio dinâmico entre ambos, o que é mau ou nocivo é o desequilíbrio entre os dois.
YIN
Terra
Lua
Noite
Inverno
Umidade
Frescor
Interior
Feminino
Contrátil
Conservador
Receptivo
Cooperativo
Intuitivo
Sintético
YANG
Céu
Sol
Dia
Verão
Secura
Calidez
Superfície
Masculino
Expansivo
Exigente
Agressivo
Competitivo
Racional
Analítico
O yin pode ser interpretado como correspondente à atividade receptiva, conciliadora, cooperativa
Céu
Sol
Dia
Verão
Secura
Calidez
Superfície
Masculino
Expansivo
Exigente
Agressivo
Competitivo
Racional
Analítico
O yin pode ser interpretado como correspondente à atividade receptiva, conciliadora, cooperativa
Yang à atividade agressiva, expansiva e competitiva.
Yin: eco-ação
Yang: ego-ação
Estas associações nos fazem ver que nossa sociedade tem favorecido sistematicamente o yang em detrimento do yin – o conhecimento racional prevalece sobre a sabedoria intuitiva, a competição sobre a cooperação...
Essa ênfase, sustentada pelo sistema patriarcal e encorajada pelo predomínio de uma cultura em que só a matéria é a realidade última durante os três últimos séculos, acarretou um profundo desequilíbrio cultural que está na própria raiz da nossa atual crise – um desequilíbrio em nossos pensamentos e sentimentos em nossos valores e atitudes e em nossas estruturas sociais e políticas.
A preferência flagrantemente sistemática por valores, atitudes e padrões comportamentais yang resultou num sistema de instituições acadêmicas, políticas e econômicas que se apóiam mutuamente, e que acabaram virtualmente cegas para o perigoso desequilíbrio do sistema de valores que motiva suas atividades.”
(CAPRA, Fritjof. O Ponto de Mutação. SP: Ed. Cultrix, 1982. Pág. 33-36)
Fecho parênteses...
Márcia Roos
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