Um corpo se expressa, fala e grita. Ele entrega nossos sentimentos, alardeia sobre nossa saúde. É ele que nos expõe ao mundo. É através dele que andamos por esse mundo, nosso veículo.
É cheio de tabus sobre seus usos e desusos. É controlado, contorcido, pintado, cortado, morto. É deliciado e delicioso. É coberto, vestido, tapado, escondido. É exposto, desnudado, tocado.
Evoluído, fez-nos andantes sobre duas pernas. Equilibrado, faz-nos saudáveis. Alimentado, faz-nos obesos. Belos, faz-nos admirados.
Seus hormônios, válvulas, enzimas, órgãos, sentidos fazem-nos animais humanos.
Corpo do qual sou dona (?) mas que é mais dono de mim. Sua vida faz-me viva. Suas sensações fazem-me metamorfosear entre mundo vívidos, lívidos, líbidos, lânguidos.
A partir dele sublevo-me ao êxtase, ao gozo. A partir dele submerge-se na tensão, na algesia e na putrefação.
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